segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Vida e Morte

A vida. A morte. Duas coisas tão diferentes. Mas será que são assim tão diferentes?

A vida. Uma coisa que quando aproveitada e bem vivida é uma coisa fora do normal. Dura pouco tempo é verdade. Mas é nela que temos as coisas que nos pertencem, as coisas que gostamos e as pessoas que amamos.

Temos várias fases na nossa vida. Qual delas será a melhor?

Uma pergunta difícil a meu ver. Mas são todas especiais. Em todas aprendemos coisas novas. Aprendemos a falar, aprendemos a ler, aprendemos a ser pessoas, aprendemos a viver de acordo com a sociedade, aprendemos a ter uma vida comum com outra pessoa.

Qual destas será a mais importante?

Todas. Podemos não saber ler, podemos não falar, podemos não conseguir ver... São defeitos que ninguém é culpado de os possuir. Pode acontecer a cada um de nós. Mas são estas pequenas coisas que fazem diferença durante toda a vida perante a sociedade. Estará a sociedade errada?

Cada um cria a sua opinião sobre este assunto. Eu acho que todos temos direito a ter uma vida como todos os outros e não deve ser a sociedade a decidir isso.

A vida é feita de projectos, barreiras, problemas e erros. O Ser Humano aprende com todos eles. Uma vida é isso.

A morte. Para muitos existe vida depois da morte. Mas será que a própria morte não será já ela por sua vez uma “vida”?

Uma vida diferente é certo. Mas muitas coisas tem em comum com o que chamamos de vida.

Ninguém sabe o que é nem o que nos espera. A verdade é que esta é mais longa que a vida. Aprendemos com a morte?

Ninguém é capaz de responder a essa pergunta.

Alguns encaram a morte com medo. É normal. Não sabem o que esperam. Mas porque não encaram eles também a vida com medo?

Não vale a pena fazer mais perguntas sobre a morte pois ninguém as consegue responder.

Parecendo que não a vida e a morte têm mais semelhanças do que de inicio aparentam.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nós


Cada vez que penso nisto dá-me vontade de voltar a trás no tempo. Dava tudo para que isso acontecesse, mas, infelizmente, isso é impossível. Gostava de voltar aquele dia. O dia no qual a minha vida mudou e o "nós" desapareceu.

Gostava de saber onde erramos durante toda a vida. E porquê nós e não outra pessoa. Como sempre estávamos no sítio errado à hora errada.

Sinto me culpado pelo que aconteceu, cada ano que passa maior é o meu sentimento de culpa. Mas aquilo foi um mero azar... Continuando assim iludido...

Continuo a acreditar que tudo aquilo não passou de um pesadelo e, que na realidade não morreste e o que hoje escrevo são apenas memorias de um sonho infeliz.

Quando irei ganhar coragem e acordarei para a realidade? Quando vou enfrentar a dura verdade de teres partido?

Demorei 15 anos a ganhar coragem para escrever isto. 15 Anos. Foram longos estes anos e durante eles vivi iludido pelo teu regresso. Um regresso que não existe, um momento impossível de viver.

Quando morreste levaste-me contigo. A minha vida durante este tempo todo deixou de ter sentido. Não queria começar de novo. Tudo o que de melhor e de mais importante que tinha desapareceu contigo.

Ninguém vive para sempre. Tu não eras excepção. Atingiste os limites do teu ser. Limites. Todos nós nos reduzimos a essa palavra. Mas afinal o que são estes limites?

Bem a verdade é que os podemos ultrapassar mas o que pode acontecer é morrer. Porquê? Talvez porque eles são muito restritos e um único passo em falso e estamos condenados.

Cada palavra que aqui escrevo faz me lembrar os momentos que passamos. Os dias que estivemos juntos. E agora tudo isto não passa de simples memórias. Memorias que só me fazem sofrer, memorias que eu queria apagar.

Todos os dias quando me deito, adormeço a pensar que no dia a seguir vais acordar ao meu lado e que tudo vai ser mais fácil. Mas estou enganado mais uma vez.

Agora que me apercebi que o "nós" não vai voltar tenciono começar de novo. Mas é difícil esquecer-te.

Não vou desistir, não vou dizer que nunca irei conseguir, pois eu sei que isso iria desiludir-te.

Isolei-me de tudo e todos depois daquele dia. Um dia que teima em desaparecer.